FERROADAS E PICADELAS

DIZEM QUE A VINGANÇA É DOCE...,
À ABELHA, CUSTA-LHE A VIDA!
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"UMA BOA ABELHA, NÃO POUSA EM FLORES MURCHAS"
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"Os livros, são abelhas que levam o pólen de uma inteligência a outra."
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"TAL COMO AS ABELHAS, AS PALAVRAS TÊM MEL E FERRÃO"




quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

SURPRESAS?

As surpresas de inverno estão aí!
Surpresas ou não, depende dos respectivos conhecimentos e, neste caso, para mim são mesmo surpresas.
Quando da cresta, no verão passado, constatei que, numa ou noutra colmeia, havia uns quantos quadros com pequenas quantidades de mel, inclusive por selar.
Não obstante os parcos conhecimentos, optei por deixá-los, na expectativa de que as abelhas mais tarde o consumissem, e então retirá-los-ia.
Após o último tratamento, aproveitei este fim de semana para visitar o apiário que me deixou algumas surpresas.
Num dia embora algo frio mas com um sol radiante, o volume de abelhas á volta da entrada de algumas colmeias era tal que parecia quererem enxamear. Certamente que não seria essa a finalidade mas pareceu-me estranho.
Numa vistoria às caixas onde havia deixado os quadros, a azáfama era enorme, e as abelhas tinham subido, estando em trabalho árduo de puxar cera e colocar mel.
E o trabalho era de tal forma que, na falta de agums quadros, as nossas amigas estavam a fazer favos de cera, suspensos a partir da tampa da caixa.
Sabemos que, até agora, não tem havido grande frio e que a floração do eucalipto e das nespereiras vieram mais cedo. Certamente que este clima e esta disposição da natureza, terão tido a sua influência.
Será?
E será que isto é um bom, ou mau presságio para o ano apícola que se aproxima?
A ver iremos…
como dizia o cego!

domingo, 18 de dezembro de 2011

terça-feira, 2 de agosto de 2011

E FINALMENTE... A CRESTA !

O dia amanheceu algo fresco, antevendo alguma facilidade na operação de colheita do mel.
Não obstante, nem por isso as nossas amigas permitiram de ânimo leve, que lhes roubassem o que tanto trabalho lhe deu a fabricar.
Ainda assim, eu e o Rafael, retirámos e transportámos para casa os quadros plenos de mel, e cujo prazer de extracção se antevia.
Agora em casa, procedemos á extracção, desta feita com um centrifugador o que tornou mais fácil a operação.
Aqui, cumpre-nos deixar um grande obrigado ao casal José Manuel e Sandra que nos emprestaram o equipamento.

" Zé Manuel e Sandra"


O Zé Manuel e a Sandra são também, apicultores por hobby. A Sandra é descendente daquele meu amigo Firmino “gato”, (ver post de 16 de Março), outrora o único apicultor do lugar. Herdaram do seu avô o gosto pelas abelhas. “E digam lá, que tudo acontece por acaso…”
Obrigado amigos. O trabalho ficou assim, bem mais facilitado.

A extracção do mel decorreu em ambiente de alegria, ou não fosse para o Rafael, o baptismo nestas lides. E gostou de tal forma que já fazia conjecturas e ideias para a próxima cresta.
O mel, como se esperava “é do melhor”.
A sua tonalidade escura deve-se á predominância de Urze e Eucalipto e o seu paladar uma divindade.

"Perfeccionismo de principiante!...”

segunda-feira, 18 de julho de 2011

COLMEIAS "SEM TRABALHO"

Passou um mês desde a última visita ao apiário e algumas surpresas se nos depararam.
Agora, acompanhado do Rafael, o descendente mais novo, tivemos de improvisar e, num acto de desenrasca, ou não fossemos portugueses, tirámos com as mãos a maioria das ervas, que abundantemente rodeavam as colmeias, deixando para os próximos dias uma visita propositada para limpeza.
Um “castigo” por não irmos munidos da ferramenta adequada, e que deveria por norma acompanhar-nos.
Esta foi a primeira surpresa e, se o mel crescesse nos quadros, quanto as ervas ao redor das colmeias, o “ano não seria bom, seria óptimo”.
A segunda surpresa, e esta mais propriamente apícola, deveu-se ao facto de, e numa investigação ao estado produtivo das nossas amigas, constatarmos que em dez colmeias, duas se diferenciavam pela negativa.
No geral a produção parece-nos boa até pela quantidade de mel produzido desde a nossa última visita. Constatámos que os quadros se encontram quase completos e muitos, praticamente “selados”.
No entanto, e para confirmação daquilo que há cerca de um mês já nos intrigou, duas das colmeias, e colocadas que foram as alças na mesma altura das restantes, não têm qualquer trabalho desenvolvido.
Nada de mel, e nem sequer cera puxada. Numa olhadela ao ninho, pareceram-nos normais, com bastante população, reservas e criação a “nascer” em breve.
Porque será que estas duas colmeias se encontram assim?!
Haverá alguma explicação para tal, ou estas nossas amigas têm o “rendimento mínimo e não lhes apetece trabalhar?!…”

segunda-feira, 13 de junho de 2011

DE VISITA AO APIÁRIO

Este fim de semana foi mais um de “recreio” pelo apiário.



Desta feita, fui acompanhado pela minha descendente mais velha que, pela primeira vez vestiu o equipamento e que, qual milagre, ficou de veras motivada pelo hobby.
Roçámos as ervas daninhas, que em abundância cresciam em redor das colmeias, eliminámos alguns ninhos de aranhas e formigas, e demos uma olhada ao trabalho das nossas amigas.


Pelo que vimos, as coisas estão bem encaminhadas, e talvez tenhamos uma colheita significativa.


Desta feita, as coisas estão a correr pensamos que, dentro da normalidade e, dadas as experiências negativas anteriores, é grande o nosso empenho no sentido de não virmos a ter dissabores.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

ABELHAS... NA RTP2...!

Caros amigos, porque achamos interessante, sempre que nas televisões se fala de apicultura, entendemos por bem publicitar o mail, que o amigo Francisco Rogão/Macmel nos enviou:

"Caros Amigos
Informo que a próxima edição do programa Biosfera (RTP2), na qual participaram a UTAD, a MacMel e a Cooperativa de Frutos secos e mel da Terra Quente, terá como tema a Apicultura e decorrerá no domingo dia 22/5 às 12h.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Russo Almeida
--
Cumprimentos
Francisco Rogão
http://www.macmel.net/ tel 00351 917886014

sábado, 14 de maio de 2011

POR TERRAS DE RIBADOURO


São João da Pesqueira é uma vila portuguesa do Distrito de Viseu, Região Norte e sub-região do Douro, e possui um dos mais antigos forais outorgado por D. Fernando, o Magno.



(clique na imagem para aumentar)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

E AGORA ?!

Há cerca de quinze dias que fiz a reposição do efectivo do meu apiário.
Com a compra de meia dúzia de colmeias, o efectivo ficou sensivelmente ao nível do que foi outrora.
Estou agora, e face às perdas obtidas, ainda mais sensibilizado para os pormenores, que podem transformar um hobbie apaixonante, num factor de alguma frustração e tristeza, vendo que, por desconhecimento ou desleixo, quiçá, foram goradas as expectativas criadas.

Agora com mais cuidado, e procurando as respostas que o meu desconhecimento questiona, há pormenores que me preocupam.
A deslocação dos enxames cerca de 30 kms pode ou não, provocar nos mesmos algum tipo de “stress” que os possa tornar mais susceptíveis ao desenvolvimento por exemplo da varroa?
Do vendedor tive a afirmação de que os enxames vinham tratados contra a referida praga, e que só após a cresta seria necessário voltar ao tratamento. Nada me leva a duvidar. No entanto, e por força da mudança de local e para uma garantia mais efectiva, não seria útil renovar ainda assim, o respectivo tratamento?


Não conseguindo obter o nome do produto utilizado, penso que, a utilização de um produto inócuo para o mel poderia ser o ideal. Este é um ponto de vista face às perdas que já tive e que, agora com mais cuidado, gostaria de evitar.


É ou não, um trabalho positivo nesta altura?
A sê-lo que produto utilizar?
O Timol nas caixas evaporadoras é compatível?
Cumprimentos apícolas.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O RECOMEÇO


De volta ás lides apícolas, algum tempo livre tem sido ocupado com a preparação do apiário para a recepção ás colmeias recentemente adquiridas. O abandono a que dotei o apiário face á perda total do efectivo, foi algo que me deixou conhecimentos e que, como aspecto negativo, não deve ser seguido. Chegado ao apiário, foi com algum espanto que encontrei duas colmeias povoadas. São no entanto enxames fracos. Um, já com algum tempo, face ao trabalho já efectuado pelas abelhas e a existência de criação, e que me parece ter fugido de um qualquer apiário. O outro, mais pequeno, parece-me ser mais recente e está no início do seu trabalho, parecendo-me fruto de uma enxameação precoce (?).


Não obstante o desânimo pela perda, entendo agora e compreendendo o ritual de vida das abelhas, que deveria ter deixado e mantido o apiário “limpo e arrumado”, na expectativa que algum enxame lá viesse ter, ou por abandono da colmeia original, ou por altura da sua saída por enxameação. Como diz o ditado, quanto mais viver mais aprender. Este fim de semana espero receber uma meia dúzia de colmeias e recomeçar o hobby que adorei, e pelo qual me apaixonei.











Espero agora acompanhar com mais cuidado e assiduidade as minhas colmeias e, na época difícil, dar o apoio e ajuda que as mesmas necessitam, e que é imperioso para a sua sobrevivência.

sábado, 2 de abril de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

O BOM SABOR DOS VELHOS TEMPOS !

Estava eu, frente ao computador parado e pensativo, procurando nalguns dos blogs desta família apícola, alguma explicação mais profunda e certeira para aquilo que causou nalguns, percas significativas, no meu caso a perca total das minhas quinze colmeias, se não quando, a Tyla, a esposa e companheira dos bons e maus momentos, me desperta para o jantar, libertando-me dum sono quiçá suave, mas tão belo e retemperador, pelo sonho de criança que o envolvia:
"O Fernando, traquina e espertalhão, tinha nos seus nove anitos a alegria e irrequietude próprias para a idade. Sempre pronto a fazer um recado ou a dar uma ajuda, mas também com a certeza de que era sempre recompensado. Os cinco tostões ou um outro miminho, que amiudadas vezes recebia, não faltavam sempre que ele se dispunha, numa correria desenfreada, em ir á loja, ou ajudar em qualquer coisa.
E a sua disponibilidade e gosto de ajudar eram incondicionais para o Ti Firmino (gato). O Ti Firmino, carpinteiro e tanoeiro de profissão, era uma personagem austera mas lá no fundo um tipo porreiro, e o Fernando gostava d'ele.


É que este, tinha sempre um miminho, uma recompensa tão especial…

Nos seus nove anitos, não era a vontade de trabalhar ou fazer qualquer coisa que o impelia, mas a recompensa do Ti Firmino.

E desde as descamisadas, ás descaroladas ou ao aperto do engaço, lá estava o puto ás vezes a estorvar mais que a ajudar.

Certo dia, quase noite, lá vem o Ti Firmino com um cortiço às costas e grita:

-olha lá rapaz, pede lá á tua mãe, e vem comigo que agente não se demora.

E assim foi, perto do cemitério, num pinheiro "rabuseiro", havia algo bastante volumoso e negro que pendia de um ramo. Um enxame que fugira de um qualquer cortiço. Lá colocou estrategicamente o cortiço que previamente esfregara com rosmaninho e besuntara de mel, e pediu-me que na cadência que me ensinou, fosse batendo no mesmo, enquanto ele ia cantarolando:

-casa nova, abelha-mestra; casa nova, abelha-mestra; casa nova, abelha-mestra.

E foi assim que o enxame entrou na totalidade para o cortiço que depois carregou até casa onde o colocou no sítio que previamente preparara.

Lembro aqui os conhecimentos empíricos aplicados na tarefa porquanto não houve luvas, nem máscaras nem nada que nos pudesse proteger e diga-se em abono da verdade não houve uma picadela sequer.

Agora em casa, faltava o tal miminho p’ró puto reguila. Um pão saloio sobre a toalha rendada, e duma ida á adega lá vinha naquela taça de barro o petisco tão adorado.

Mel, para barrar sobre o pão de trigo, numa época em que imperava a broa (pão de milho).

Até lambia os beiços!...

E era comer até empanturrar que tão breve não apanhava outra oportunidade.

Ás vezes tentava. Até se oferecia para fazer qualquer coisa. Então?! Era tão bom pão com mel! O Ti Firmino já partiu, e agora é o Fernando que procura apanhar os enxames que fogem mas, hoje que já passou dos cinquenta, ainda mantém, e cada vez mais apurado, um gosto que felizmente vai degustando com alguma regularidade:


comer pão com mel. "

Lá fui jantar, mas fiquei com pena. Com pena de ter acordado. Aquele sonho, que me levou aos tempos de criança e á vivência com as pessoas de que gostava, foi no entanto o bálsamo que, cada vez com mais força, me impele a recomeçar do zero esperando que, também daqui a algumas dezenas de anos, alguém se possa recordar com prazer, das abelhas e do mel do Fernando.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

APIOCASIÃO


IV SEMINÁRIO APÍCOLA DA TERRA QUENTE TRANSMONTANA

Auditório do Centro de Exposições / Feira – Macedo de Cavaleiros
26-02-2011 (sábado)

PROGRAMA


Período da manhã:

09-30 H-10,00 H – Abertura do Secretariado (recepção, registo e entrega de documentação)
10,00 H-10,15 H – Abertura do Seminário pelo Ex.º Presidente da FNAP – Sr. Manuel Gonçalves
10,15 H-10,40 H – Trocas intracomunitárias / circulação de colónias no espaço comunitário – DGV
10,40 H-11,05 H – Produtos homologados para tratamento da varroose em apicultura biológica e não biológica - DGV

Intervalo

11,30 H-12,00 H – Resistência da varroa aos acaricidas – Profª Sancia M. A. Pires, ESAB (E.S.A. do Instituto Politécnico de Bragança)
12,00 H-12,30 H – A varroa e a importância dos estrados sanitários – Dr. J. C. Perdiz Martins (Coop dos Prod. de Mel da T. Quente)

Almoço livre

Período da tarde:

14,30 H-15,00 H – Flora apícola - Prof. Paulo Russo, UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro)
15,00 H-15,30 H – A importância da renovação da cera na saúde da colmeia – Ruben Rogão – Formador/ apicultor (Gerente da Macmel)
15,30 H-16,00 H – Higienização da colmeia e selecção de rainhas - Dr. Joaquim Pífano (Técnico da ADERAVIS)

Intervalo

16,30 H-17,00 H – O pólen e o própolis como complemento económico na exploração apícola – Eng.º Paulo Ventura (Coop. dos Prod. de Mel da T. Quente)
17,00 H-17,30 H – A experiência de um apicultor nos diferentes tratamentos contra a varroa – Francisco Rogão – Formador/ apicultor (Gerente da Macmel)
17,30 H-18,00 H - Discussão dos temas e troca de experiências entre apicultores
18,00 H-18,15 H – Encerramento pelo Ex.º Presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros

Lanche

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